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Instituto Butantan

CDI investe em infraestrutura para acelerar projetos tecnológicos em saúde

O Instituto Butantan, como o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, responsável por grande porcentagem da produção de soros hiperimunes e grande volume da produção nacional de antígenos vacinais, tem o Centro de Desenvolvimento e Inovação (CDI) como uma área importante para o crescimento institucional. 

São 12 laboratórios, além de dois centros de pesquisa, que fazem parte do CDI, que é estruturado em setores ligados a vírus, proteínas recombinantes e plataformas tecnológicas. O foco é desenvolver tecnologias em sáude e transferi-las para o setor produtivo do Instituto Butantan e para o mercado externo. 

“O grande objetivo do CDI é apoiar, desenvolver e acelerar projetos tecnológicos com potencial para a área da saúde, projetos de inovação tecnológica, soluções para áreas estratégicas do Butantan – como Regulatórios, Ensaios Clínicos, Diretorias de Assuntos Estratégicos e Novos Negócios – e promover a cultura de inovação e empreendedorismo”, explica a diretora do CDI do Butantan, Ana Marisa Chudzinski. 

A tecnologia desenvolvida pelo CDI na vacina da Dengue, por exemplo, foi transferida para a própria produção do Instituto Butantan e também teve um protocolo de transferência para a empresa da indústria farmacêutica alemã, Merck. Segundo a diretora, este foi um marco importante por se tratar de uma empresa internacional interessada na tecnologia gerada no Butantan. 

As equipes são formadas por pesquisadores científicos, técnicos em laboratórios e alunos de pós-graduação, doutorado e pós-doutorado em iniciação científica. 

Avanço na infraestrutura

Atualmente, o CDI trabalha em melhorias e na modernização da parte de infraestrutura dos laboratórios para avançar em todos os setores dos laboratórios. As equipes são responsáveis por criar projetos que deixem um legado tecnológico para o Butantan, além de patentes que podem gerar royalties. 

“A gente reformou vários laboratórios de virologia pensando em toda necessidade que o país tem em trabalhar com boas práticas em laboratório. Outro projeto que é muito interessante é a criação de laboratório piloto. A gente deve inaugurar em breve mais um laboratório piloto em boas práticas de fabricação para proteínas recombinantes. Também é um marco não só pro instituto, mas para inovação de forma geral”, diz Ana Marisa. 

Os laboratórios piloto são importantes para permitir que o CDI produza dentro das condições exigidas pelos órgãos regulatórios, chegando até as fases iniciais de ensaios clínicos.

Centros de pesquisa 

Os centros que fazem parte do CDI são o CENTD (Centre of Excellence in New Target Discovery), que tem o objetivo de identificar alvos moleculares e vias de sinalização envolvidas em doenças de base inflamatória, como a osteoartrite, a artrite reumatoide, câncer e doenças neurodegenerativas; e o CeRDI (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Imunobiológicos), que trabalha com pesquisas sobre vacinas contra influenza e anticorpos monoclonais neutralizantes contra toxinas e vírus.

Para a diretora do CDI, os centros são importantes porque são especializados nos temas, o que contribui para o desenvolvimento das tecnologias. “Por exemplo, a área de anticorpos monoclonais é uma área que tem um valor agregado muito grande porque ainda somos dependentes de importações. Então, conseguir desenvolver uma tecnologia que é motivo de pesquisa de muitos anos dentro do Butantan, por equipes especializadas, é um momento muito importante para a instituição”, diz Ana Marisa. 

Com o avanço nas estruturas do CDI, o Butantan estará ainda mais capacitado para enfrentar as demandas do setor de saúde e dar respostas rápidas para poder propor novas vacinas e soros.